Monday, May 29, 2006

Henri Michaux



Em 1975 as edições FATA MORGANA publicam, de Henri Michaux, IDÉOGRAMMES EN CHINE.Por este pequeno livro passa o saber e a poesia de uma língua, a chinesa, que é a língua viva mais antiga do mundo.
Para Michaux poeta e pintor o fascínio é duplo.Nos ideogramas chineses contemplam-se as imagens, soltam-se as palavras-pensamento.

"traços em todas as direcções.Em todos os sentidos virgulas, caracóis, ganchos, acentos, aparentemente, ao alto e em todos os níveis.Desconcertantes arbustos de acentos.

Rascunhos, fracturas, princípios subitamente interrompidos.

Sem corpos, sem formas, sem rostos, sem contornos, sem simetria, sem um centro, sem evocar nada de conhecido.
Sem regra aparente de simplificação, unificação, generalização.
Nem sóbrios, nem limados, nem despojados.
Tudo como que espalhado,
é assim a primeira aproximação. "

1 comment:

Fokas said...

Como andei a ler a biografia do Mao vi ontem uma reportagem simplesmente aterradora sobre a China já não sei o que dizer...
Releio as palavras do Prof. Joaquim Barradas de Carvalho sobre o Herculano. O Liberalismo nunca significou democracia.
Mil flores para os mortos de tanta anormalidade de que o império do centro é capaz!