Monday, May 28, 2007

Maiorias



As maiorias não apreciam a diferença.
Gostam de médias e de medianias, por isso são maiorias.

13 comments:

isabel mendes ferreira said...

e assim temos a santa maioridade das menores.
ou

a enorme minoria dos maiores.
ou

a maioria da menoridade.

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:))))

a diferença nunca esteve no poder!


beijo.


ilustre "pensadora".

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Rosario Andrade said...

Bom dia!
Concordo. A maioria sente-se bem aconchegada nas faixas amortalhadoras da mediocridade... fa-la sentir acima da media e confortavelemte superior...

Bom fim de semana!

Patrícia Viveiros said...

As maiorias são o padrão...e o padrão é a regra...e a regra não gosta de excepções! São elas, as excepções, que corrompem a segurança do estabelecido e abalam as certezas que aspiram à inalterabilidade.

teresamaremar said...

Pudesse a diferença ler-se como inovação e não transgressão...

e não fosse tão atraente o "exército da mediania"

Yvette Centeno said...

Saudades de ler A EXCEPÇÃO E A REGRA de Brecht que traduzi ( no século passado !!!)para uma editora que já não existe mas no seu tempo foi progressista e protegeu de verdade a literatura e a arte.

Lord of Erewhon said...

«A multidão é estúpida, porque a inteligência é uma faculdade individual.»

Fernando Pessoa

Patrícia Viveiros said...

"A Excepção e a Regra" de Bertolt Brecht...Boa sugestão para uma pequena actualização literária!

Yvette Centeno said...

Patricia,
Leia agora a Montanha Mágica de Thomas Mann e corra ao São Luiz, ver Quando o Inverno Chegar, uma obra-prima que fica até 30 de Junho !
Já vi e vou voltar.

Patrícia Viveiros said...

Mas que proposta ainda mais tentadora!
A verdade é que, no que diz respeito ao São Luiz, não estivesse eu aqui no degredo das terras madeirenses, iria a correr. Literatura e teatro são os meus campos de eleição. Não porque tenha especiais conhecimentos nessas áreas, mas antes porque são "sensibilidades" que muito ou tudo me dizem - talvez ainda mais que a pintura e a música.Tenho muita pena de ter uma vida profissional demasiado intensiva e de pouco tempo me deixar para vaguear por esses meandros.
Apercebi-me, perfeitamente, que a sua alusão a Brecht abria um leque infindável de questões... As diversas – mas sempre formatadas – leituras da realidade…a sua imposição e a apática aceitação…o “abuso das maiorias”… E, sem me querer iludir, pergunto-me se não seremos todos nós, mesmo sem nos apercebermos, uma vez por outra uns e muitas vezes outros, soldados desse grande exército das maiorias?

Mar Arável said...

ADMITO QUE TODOS SOMOS INCOMENSURÁVEIS - SÓ NÃO POSSO COM TARTUFOS- À DIREITA À ESQUERDA AO CENTRO DE FRENTE OU DE LADO

. said...

A mediocridade não é de todo ruim. Assim como a diferença. Que não se confunda. A vida também difere da arte. A primeira real. Veja, sou excessão nestes comentários. A maioria dos que aqui comentaram louvam a diferença, mas se tornaram iguais. O que me faz andar sempre pela contra mão não é tanto por escolha, mas por vocação. Fui tomado por um sentimento de compaixão e identifiquei-me neste momento com os medíocres, a maioria, neste momento discriminada.

Isabel Victor said...

"A Santa maioridade das menores"

...

não acrescento nada à síntese perfeita. Calo-me. Contento-me.

"A EXCEPÇÃO E A REGRA de Brecht"

ora, aí está ! Tudo dito ...

belíssimo espaço que me foi indicado por IMF ! Gostei tanto ...

RIC said...

Quanta verdade, caríssima, quanta verdade... E a regra parece continuar a ser o nivelamento por baixo, o que faz das nossas maiorias casos ainda mais desesperados...
Saudoso abraço!

Ricardo