As Sextas-feiras
É Sexta-feira. Mais uma.
Acordo a pensar por que razão
terá esta Sexta-feira mais importância
do que as outras em que nunca pensei?
Porque antecede um Sábado
em que também nunca pensei?
Antes íamos por vezes ao fim da tarde à praia,
havia menos gente, a água estava quente e ficávamos
para jantar no único restaurante ali mais perto.
Horas pacatas, com ou sem as crianças
conforme os programas que se tinham feito.
Já não existem esses tempos, que corriam tranquilos
como a água dos rios para o mar. Sem pressa, o mar não fugiria.
E a Sexta-feira de agora parece tão apressada, como se receasse
não chegar ao Sábado anunciado.
Ora eu, ainda mais que essa Sexta que me pesa, ao acordar,
não é do Sábado que tenho medo, e da sua manhã tardia, mas das outras todas que ainda faltam, que não sei quantas são, nem o que delas, se nascessem, faria.
2 de Agosto, 2024
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