NOITES QUE FABRICAS, rigorosas;
as mãos na
clara-sementeira das centáureas
o sangue derramado exposto
ao vento,
Tantas estrelas quantas podes abarcar,
tanto negrume de nuvens, tantos
desastres de chuva, as imagens do mundo
destituídas,
tudo isto se abre,
decresce
extingue-se apenas
dentro da cesura, um corte
de miséria com
os tenros anos no cardal,
de novembro a novembro,
dentro das gaiolas,
como os tão vãos
ofiúros da videira, com a dormideira,
junto aos duplos reinos:
entre os dedos toda
aquela escuridão que estagna, eterna;
mais nada.
1 comment:
Em diálogo com Paul Celan, seu poeta de eleição...
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