Quem ama a poesia e a edição não deixará nunca de ler, de escolher, de editar...
É assim que José da Cruz Santos, Mestre da edição em Portugal, desde os anos cinquenta, quando tudo era mais difícil e parecia mais fácil - apresenta agora a sua nova colecção de poesia, JCS na Modo de Ler.
Este primeiro volume não podia ser mais belo, nem mais significativo: é feito de rosas, as rosas dos poetas, a grande roda -rosa do mundo.
Por ordem alfabética, de Alfredo Margarido a Rainer Maria Rilke, poderemos ir lendo 56 poemas, da muita poesia portuguesa e não só que o autor antologiou com o maior cuidado.
Na tradução de José Augusto Mourão lemos Angelus Silesius, o místico alemão do século XVII:
A rosa é sem porquê; floresce, porque floresce,
Não cuida de si própria, não pergunta se a vemos.
E na tradução de Paulo Quintela deixo a rosa de Rilke:
rosa, ó contradição pura, volúpia
de ser o sono de ninguém sob tantas
pálpebras.
A imagem da rosa alimenta os poetas, a imagem do livro alimenta este editor incansável.
Desejo-lhe daqui todo o sucesso.
5 comments:
muito bacana o seu blog!
«As rosas», é, dos poemas de Sophia, um dos meus preferidos.
Obrigada pela partilha; vou ver se já chegou a este sul tão deslivrado.
abraço
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