Monday, September 17, 2007

Na noite de Borges

I
O jardineiro é feliz.

Cultiva o seu jardim
maior ou menor
oculto ou revelado

O jardineiro é feliz
no espaço que lhe foi
dado

II
A aurora ilude
ao prometer o dia.

Traz consigo o poente
o declinar da luz
a noite
que se esconde

Canta um pássaro
mas é finita
a sua melodia

III
Um homem sozinho na sua noite
sozinho no seu silencio
de mar
ou de montanha

Ao longe as palavras certeiras
que não são para ele

Seguem outro caminho

3 comments:

Sir G said...
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© Maria Manuel said...
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Conceição said...

Que bom chegar a Lisboa e ler este poema belo como um jardim.
Quando falo consigo ou leio coisas suas é como quando passeio no monte ou no campo e encontro uma nascente, uma fonte ou água a correr.
Beijos
Conceição