Mas a mulher cuja cabeleira encanta Baudelaire, no seu célebre poema, sendo embora sensual, devolve ao poeta um pouco do paraíso nostálgico em que os corpos ainda inocentes se podiam amar sem medos nem entraves.
Sunday, January 12, 2014
Falando de cabelos e cabeleiras....
La Chevelure, de Baudelaire
Evoco duas imagens, a de Salomé, e a de Sansão e Dalila (que cortando a cabeleira de Sansão lhe retira toda a força e poder que tinha). Salomé, cruel na sua vingança ( pede a cabeça de João Baptista, que a despreza, numa salva) e Dalila que trai, variantes da Eva tentadora, perversa, que precipita a expulsão do Jardim do Éden.
Mas a mulher cuja cabeleira encanta Baudelaire, no seu célebre poema, sendo embora sensual, devolve ao poeta um pouco do paraíso nostálgico em que os corpos ainda inocentes se podiam amar sem medos nem entraves.
Não que Baudelaire fosse poeta de medos, como será Pessoa. Mas era um poeta de grandes nostalgias de um Além perdido, como se lê noutros poemas, e onde o prazer podia ter lugar.
Mas a mulher cuja cabeleira encanta Baudelaire, no seu célebre poema, sendo embora sensual, devolve ao poeta um pouco do paraíso nostálgico em que os corpos ainda inocentes se podiam amar sem medos nem entraves.
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