Saturday, October 12, 2013

Acorrem as Erínias


Acorrem as Erínias
fugindo da sua noite

dos seus buracos
de sombra

ouvem-se os gritos
de fúria

garras que prendem 
os nomes

nomes que não são 
de vergonha 
ou
arrependimento

estão manchados
de sangue

o sangue 
da memória

(Lisboa, 2013)

2 comments:

ana said...

É sempre um prazer passar por aqui.
Este poema reúne a revolta que vai por este nosso Portugal.
Pelo menos assim o vejo.
Boa tarde.

Yvette Centeno said...

Tem toda a razão, foi num intenso impulso de revolta que o escrevi, como se nos mitos gregos encontrasse ajuda, ou esperança de castigo e mudança...Obrigada por ler...e entender!