Friday, June 30, 2006
can mayor
Celebram os companheiros de CAN MAYOR dez anos de actividade da oficina de Tradução Literária. Felicito-os pela dedicação, e pelo bom gosto das escolhas feitas ao longo destes muitos anos.
Neste número podemos ler poesia de Keats, Browning, Laforgue, Claudel, W.Stevens, Apollinaire, C.Aiken, C.Riba, Éluard, B.Brecht, H.Crane, Seferis, E. Jabès, M.Luzi, Bigongiari, e Sophia de Mello Breyner. Desta o belo e actual poema do soldado morto. Rimbaud, Pessoa, Sophia, e a imagem recorrente do jovem "que foi julgado e perdido" como hoje continuam a ser.
Escolho deste belo conjunto a tradução de Bertolt Brecht, autor que li, que traduzi, podendo apreciar o mérito de Robayna e José Juan Batista neste caso:
A la muerte voluntaria de Walter Benjamin
Oí decir que levantaste la mano contra ti mismo
Anticipando al matarife.
Ocho anõs desterrado, mirando la ascensión del enemigo.
Empujado al final a una frontera intraspasable,
Pasaste, dicen, otra traspasable.
Los imperios se hunden. Delincuentes
Caminan al compás de hombres de estado. Los pueblos
Ya no se ven, cubiertos por las armas.
Negro, el futuro. Frágiles
Los poderes del bien. Veías todo eso
Al destruir tu carne atormentada.
( Bertolt Brecht )
Comovente, premonitório de outras mortes, como a de Paul Celan, outro nome grande da literatura do século XX que foi tempo de trevas para tantos e tantos criadores.
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