Friday, May 18, 2007

Gabriel Garcia Marquez



Saúdo a edição comemorativa desta obra maior que é CIEN AÑOS DE SOLEDAD, de García Marquez, levada a cabo pela Real Academia Española em conjunto com a Asociacíon de Academias de la Lengua Española.
É assim recordada ao público, em 2007, a edição de 1967, que havia de marcar para sempre o nosso imaginário romanesco.
Absorvida e digerida a herança surrealista avançava-se agora, pela mão dos heróis de Maconde ( aquela pequena aldeia de uma vintena de habitantes, no centro de um mundo "tão recente que muitas coisas careciam de nome e para as mencionar era preciso apontar com o dedo" )- avançava-se, dizia eu, para uma obra de maravilhação alquímica que se apossava dos leitores como os ciganos de visita à aldeia se apossavam da alma do incompreendido, ainda que respeitado, fundador.
E aqui estou eu fazendo de novo deste livro a minha companhia porque, como diz o cigano, "as coisas têm vida própria...é tudo questão de despertar-lhes a anima".
A anima, nem mais, como qualquer alquimista junguiano nos diria.
É esse um dos segredos da leitura e dos bons livros. Não morrem e dão-nos vida uma e outra vez.

10 comments:

isabel mendes ferreira said...

e vai mais uma...:)))) ou seja, tenho com alguns livros esta mesmísima relação....de amor descontinuado e paixão contínua...


leio re.leio esqueço tres.leio lembro e transporto da alma para para a memória...
___________________este é um dos.

boa noite.

isabel mendes ferreira said...

oooooooooopppppppppppppsssssssssss,


levei um S em "mesmíssima"....


:)))))))))).e repeti "para"....enfim...


sorry...

Yvette Centeno said...

O que eu pensei, mas não disse, é que o nosso Instituto Camões, com a nossa Academia das Ciências, bem podia preparar para a área da Lusofonia edições de prestígio como esta.
Há muitos autores que mereciam ver assim preservada a obra e a memória.
A Espanha sempre à frente...não perdoarei a D.Afonso Henriques o erro cometido.

Mar Arável said...

Excelente memória viva

Paulinho Assunção said...

Sim, "as coisas têm vida própria...é tudo questão de despertar-lhes a anima".

Yvette Centeno said...

Paulinho Assunção,
Encontro na sua escrita esse mesmo dom de despertar a anima das coisas.
Para quando uma edição em Portugal, que não sendo pátria poderia se Mátria, como gostava de dizer a Natália Correia?
Um abraço,

Paulinho Assunção said...

Querida Yvette:

É bem provável que, pelo segundo semestre, haja novidades em Portugal, no Norte, a partir das margens do Douro. Vamos ver. De todos os modos, lhe direi.

Com o forte e afetuoso abraço,
P.A.

Yvette Centeno said...

Paulinho,
Óptimo (onde o "p" não soa...) e até lá,

S.Rosa said...

Pior do que a Espanha sempre à frente, é darmo-nos conta de que a afirmação (muito ao estilo do Dâmaso queirosiano..)de supostos cânones permite ou des-permite a leitura aprovada de escritores (ainda por cima portugueses..). A tipologia estranha de 'maior' e 'menor' tem sido responsável pelo silêncio de muitas palavras, como se essas classificações literárias funcionassem enquanto semáforo na grande avenida.
Ainda bem que disse, depois de ter pensado.. E já somos duas a não perdoar ao primeiro Afonso alguns erros cometidos ;)

isabel mendes ferreira said...

e se porventura achar que me quer desancar

belafer1@sapo.pt

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o mail.


(refiro-me à nomeação para as 7 maravilhas).