Thursday, August 13, 2020

Caminhar

 O poema de Sérgio Nazar David, Gelo, tem tanta matéria simbólica, tanta mas tanta ideia para prolongar, que assim fiquei, madrugada fora, caminhando com ele. E deixo aqui o resultado:

Alquímico

Não abras o portão

desse jardim

nem fiques de fora

à espera

 Segue

vê onde enterras os pés

 Procura onde deixaste

os teus sapatos

mesmo velhos e rotos

terão de ser calçados

 O homem tem o teu nome

e já abriu na terra a vala

dos descalços

 (12 de Agosto, 2020)

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