tag:blogger.com,1999:blog-17954191.post114365673884926389..comments2024-03-24T20:59:46.718+00:00Comments on Literatura e Arte: MUNDO MUDOYvette Centenohttp://www.blogger.com/profile/11235547105011363604noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-17954191.post-79582791185010067482008-10-20T14:17:00.000+01:002008-10-20T14:17:00.000+01:00Li uma citação de Erich Fried: "Um cão que morre e...Li uma citação de Erich Fried: "Um cão que morre e que sabe que morre como um cão e que pode dizer que morre como um cão; eis aí um ser humano". Pergunto: Alguém teria o poema completo para me fornecer, através do e-mail rfernandes@ube.org.br?AGE - ASSOCIAÇÃO GUARUJAENSE DE ESCRITORES.https://www.blogger.com/profile/07059166298498824957noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-17954191.post-1144245172482915592006-04-05T14:52:00.000+01:002006-04-05T14:52:00.000+01:00Fokas amigo, a essa lista eu só acrescentaria o He...Fokas amigo, a essa lista eu só acrescentaria o Henri MIchaux, pintor e poeta, com um trabalho da linguagem a que talvez só o nosso Herberto Helder se possa comparar. Eu conheci o Michaux em Paris, personagem fascinante, foi ele que me encaminhou para o então Mestre das coisas herméticas e alquímicas.<BR/>Não me atrevi ainda a traduzi-lo, pois sinto que muito se perderia com a minha traduçao. O MIchaux foi um ser de águas profundas,na vida como na obra.<BR/>Eu ainda estou muito à superfície.Yvette Centenohttps://www.blogger.com/profile/11235547105011363604noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-17954191.post-1144068046674870172006-04-03T13:40:00.000+01:002006-04-03T13:40:00.000+01:00Voltei a ler de novo o poema do Erich Fried. É um ...Voltei a ler de novo o poema do Erich Fried. <BR/>É um poema triste de alguém que aparentemente lamenta o ser sido sobrevivente de um amigo que já não existe.( Era para o Celan?)<BR/>"...Das Wiedersehen<BR/>von Toten<BR/>ist dann<BR/>ganz einfach."<BR/>A minha ignorância é provavelmente um crime majeur. O último poeta francês que li foi o Breton, o Éluard e o Aragon e ultimamente por puro acaso... o Aimé Cesaire.<BR/>"...Mas não uma só canção/para além dos homens." <BR/>Gosto desta consciência das palavras, do cuidado de parar no momento preciso.<BR/>O acto de escrever não é indissociável da nossa ética... n'est ce pas, chère Prof.?Fokashttps://www.blogger.com/profile/08011158914342721359noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-17954191.post-1143763505152951662006-03-31T01:05:00.000+01:002006-03-31T01:05:00.000+01:00Fokas amigo, para escapar do sofrimento bolonhês a...Fokas amigo, para escapar do sofrimento bolonhês acabei de traduzir um poema do Erich Fried, AO RELER UM POEMA DE PAUL CELAN, a que ele acrescenta em epígrafe (ainda há cantos a entoar para além dos homens).<BR/>Haverá sempre cantos , ainda que algumas gargantas possam perder a voz.<BR/>O poema é um pouco longo, mas aqui vai, para si e para o Donizete:<BR/><BR/>Ao ler/ desde que morreste/ os versos plenos/ entrelaçados/ na sua claridade/ bebendo as imagens amargas /que me ferem/ tão dolorosas como outrora/ pelo erro terrível / que louvaram na tua poesia/ e se propaga/ convidando ao Nada.<BR/><BR/>Canções/ certamente também para lá / da nossa morte/ canções do futuro/ para lá do não-tempo em que/ todos fomos tecidos/ um canto para além/ do pensável.<BR/><BR/>Mas não uma só canção/para além dos homens .Yvette Centenohttps://www.blogger.com/profile/11235547105011363604noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-17954191.post-1143735784326927712006-03-30T17:23:00.000+01:002006-03-30T17:23:00.000+01:00Como bem entendo o seu amigo, cara Prof., "Em uma ...Como bem entendo o seu amigo, cara Prof., <BR/>"Em uma época em que todo mundo precisa ser bonito, rico, saudável e feliz e tudo deve ser leve e divertido, que interesse pode despertar o espelho perverso do poeta? Quem quer se ver como uma retorcida figura saída de um quadro de Francis Bacon? Com a linguagem contaminada pela publicidade, pelo entretenimento barato e pela psicologia de auto-ajuda, a tentativa de devolver vigor, intensidade e frescor à língua soa hermética e gera mal-estar.<BR/><BR/>A poesia, além de inútil, é também indesejada.<BR/><BR/>O poeta, entretanto, insiste em escrever seus poemas. Não lhe resta outra alternativa. Poderia buscar o suicídio, a santidade, o vício: estas "outras tantas formas da falta de talento" de que falou Cioran. Está preso a uma obsessão nunca sublimada. Quer, através da língua, assegurar a permanência enquanto tudo se desfaz. Pouco importam os mecanismos que o movem: exibicionismo, narcisismo, paranóia, depressão. Usa de artifícios, filtra e depura para transformar o desprezo, a humilhação e a decomposição do corpo e da mente em matéria poética. Pois, como disse Borges,"meus instrumentos de trabalho são a humilhação e a angústia". Entre tantos indiferentes deve haver uns poucos que, como na brilhante defesa da poesia feita por Octavio Paz, terão ouvidos para essa outra voz."<BR/><BR/>"Um poeta em pânico"<BR/>Donizete Galvão http://www.revista.agulha.nom.br/dg01.html<BR/><BR/>PS. Entre a maior parte das pessoas existe apenas um vazio, mas com outras existe certamente um fio de prata! Como sou mais novo e irreverente permita-me ainda que acredite ainda na inteligência e na sensibilidade humana. <BR/><BR/>O T. Adorno dizia que toda a poesia tinha acabado depois do Holocausto...tinha a suas razões, mas também as tinham aqueles que como a Yvette ousaram continuar!<BR/><BR/>PSS: Adorei as críticas do Gaspar Simões sobre a sua escrita (incluidas en passant nos "Jardins de Eva.")<BR/>Que pena não saber que se pode sonhar numa língua e...rescrever as palavras, que coisas!<BR/>Aquele AbraçoFokashttps://www.blogger.com/profile/08011158914342721359noreply@blogger.com